terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nove dias 3 demissões ,


Nove dias de um intenso bombardeio de denúncias envolvendo lobbies na Casa Civil já tiveram como saldo três demissões no governo federal. Depois da ministra-chefe da pasta, Erenice Guerra; e de Vinícius Castro, funcionário apontado como sócio do filho de Erenice num esquema de favorecimento; foi a vez do diretor de Operações dos Correios, coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, deixar o cargo. Ele é suspeito de defender interesses da empresa de transporte de carga Master Top Linhas Aéreas (MTA) na estatal.

“Assim que eu receber a carta [de demissão], vou levá-la a quem de direito”, disse o presidente dos Correios, David José Matos, referindo-se ao ministro das Comunicações, José Artur Filardi. O próprio coronel confirmou, depois da reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo a decisão de deixar a diretoria. A partir de terça-feira, acrescentou, voltará a ser consultor de empresas aéreas, mercado em que atua há 15 anos.

Ex-coronel da Aeronáutica, Eduardo Rodrigues Silva faria parte de um grupo de executivos e advogados que tem uma rede de empresas de fachada espalhadas por Uruguai, Estados Unidos e Brasil. Documentos do Banco Central mostrariam que o grupo trabalha para fazer da MTA o embrião da empresa de logística e carga aérea que o governo Lula promete criar após as eleições, um negócio de cerca de R$ 400 milhões.

Ainda conforme os documentos, o coronel se envolveu no esquema para viabilizar a MTA no Brasil, com recursos externos e driblar a legislação que limita a participação de capital estrangeiro, em no máximo 20%, em uma empresa aérea. O esquema teria sido montado em 2005. A rede, com pelo menos seis empresas de fachada, tem sede em apenas dois endereços: em Campinas e em Montevidéu, no Uruguai. Em outra ponta, sustentariam o esquema empresas com sede nos EUA, ligadas ao argentino Alfonso Conrado Rey.

Fonte - Voto Consciente - Gazeta do Povo .

Por Tutuca,

Em nove dias 3 demissões em cargos da alta cúpula do governo Federal .

Me parece que o Lula não vem aplicando o princípio jurídico da presunção da inocência In dubio pro reo que diz que em casos de dúvidas (por exemplo, insuficiência de provas) se favorecerá o réu (no caso os "réus", são os seus apadrinhados.)

Esse princípio jurídico é um dos pilares do Direito Penal, e está intimamente ligado ao princípio da legalidade. O governo federal vem cortando cabeças sumariamente com a intenção clara de que todo esse esquema de corrupção não respingue na campanha da Dilma . É lógico que as denúncias são fundamentadas em provas senão não existiria o porque dessas demissões. A pergunta que não quer calar . Onde estaria o ministério Público para fazer as apurações necessárias sobre a situação?

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