quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Privatizar é um erro ?

Fora assim em 2006, repete-se agora em 2010: o PT, quando ameaçado nas urnas, vira toda a sua artilharia contra o processo de privatizações implementado pelo governo Fernando Henrique Cardoso. O petismo pretende incutir na opinião pública que a desestatização foi uma calamidade. A posição de Dilma Rousseff, ao insistir nessa tecla, demoniza a alienação de estatais, tratando o feito como um crime contra a sociedade.

Na prática, entretanto, a realidade é outra. O Brasil cresceu muito com as privatizações, em particular nas áreas da telefonia, eletricidade, minérios e até mesmo no campo petrolífero. A lei de petróleo, que abriu o mercado para as concessões, permitiu, por exemplo, a descoberta do pré-sal.

Também foi um avanço para o país a criação de agências reguladoras dos serviços públicos delegados, como a Anatel, a Aneel e a ANP, todas já de conhecimento popular. Outra medida importante foi o Proer, o programa de saneamento dos bancos públicos, que consolidou a economia nacional e deu o alicerce para que o tsunami da recente crise mundial, por aqui, fosse apenas uma “marolinha”, exatamente como previu o presidente Lula. A presidenciável petista sistematicamente afirma que o Brasil foi o último país a entrar no debacle econômico e o primeiro a sair, o que é verdade. Os méritos são todos do atual governo, que manteve à risca a cartilha da gestão anterior.

Lá e cá

Perceba a situação difícil em que se encontra a fundamentação do discurso de Dilma: ela prega uma coisa, mas os fatos são outros. Privatizar, ao contrário do que infere, não constitui uma “entrega do patrimônio público”, uma vez que o governo fatura com a venda, tem o condão de cobrar eficiência e resultados, ganha fortunas com impostos e ainda oferece um melhor serviço ao cidadão. Incomparavelmente a iniciativa privada possui melhores produtos e, em regra, não se presta a servir como cabide de emprego para os apaniguados e protegidos do governo.

Exemplos


Começemos pela Petrobras. O tucano José Serra (PSDB), durante toda a campanha, chama a atenção para o fato de que a diretoria da estatal está povoada de correligionários do PT, sem qualquer resguardo à questão técnica. O mesmo ocorre nos Correios, onde o desastre é muito maior, pois a corrupção é dominante. Nesse sentido, basta lembrar que a empresa esteve na origem do escândalo do mensalão e, mais recentemente, nas tremendas falcatruas ocorridas na Casa Civil.

Outro


A Embraer, antes da privatização, produzia aeronaves sem condições competitivas no mercado internacional. Sua grande marca era um avião chamado Bandeirante, cujo desempenho era tido como de alto risco. Hoje, a empresa está entre as três maiores do mundo, com a construção desde jatos executivos até grandes equipamentos para transporte de passageiros. O próximo passo é uma enorme aeronave, para transporte de carga.

Conclusão

Privatizar não é como se deseja afirmar hoje pelos donos do poder um caminho errado. Diminuir o tamanho do Estado ineficiente é uma meta de todos os governos do mundo, inclusive o de Lula.

Fonte Et cetera



Nenhum comentário:

Postar um comentário