Vivendo e aprendendo.

O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, desembargador federal Irajá Prestes Mattar, afirmou nesta sexta-feira (1) que as pesquisas eleitorais recentemente impugnadas no Paraná apresentam deficiências técnicas. A declaração foi dada no Jornal da Massa, da Rede Massa de Televisão, ao apresentador Denian Couto. Ao ser perguntado pelas impugnações das pesquisas, o desembargador respondeu: “Há deficiências técnicas sim”.

O jornalista Denian Couto perguntou se estava havendo censura por parte da Justiça Eleitoral . o desembargador Irajá Prestes Mattar rebateu e disse que: “é uma questão evidentemente técnica”, disse, acrescentando que é preciso seguir procedimentos exigidos na resolução do TRE.

Esta não é a primeira declaração de juízes eleitorais questionando a metodologia dos institutos de pesquisas. Na última quarta-feira, o juiz federal Nicolau Konkel, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), apresentou os argumentos para impugnar diversas pesquisas eleitorais. “Não posso me furtar a decidir em favor do eleitor. A preocupação é evitar possíveis distorções”, afirmou.

“As pesquisas devem atender aos critérios da legislação eleitoral, que são técnicos, para não limitar o âmbito de escolha do eleitor. A amostra tem que estar o mais próximo possível da realidade do Estado. E se não estiver, precisam ter critérios de ponderação adequados, que não foram apresentados”, afirmou Konkel.
Advogado da coligação de Osmar diz que juiz Konkel Junior é imparcial e à margem de qualquer suspeita　
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o advogado Luis Gustavo Severo, da coligação de Osmar Dias, afirmou que o juiz Nicolau Konkel Junior é “um juiz imparcial, à margem de qualquer suspeita.”
Na mesma reportagem da Folha de S. Paulo, Konkel Junior diz que ficou surpreso que o Datafolha tenha incorrido nas mesmas irregularidades na segunda pesquisa impugnada. “O que me surpreendeu é que o Datafolha recebeu a impugnação da primeira pesquisa e insistiu no problema.”

Por Tutuca,

Em 24 de julho de 2010, portanto no início da corrida eleitoral , postei matéria aqui no blog com o seguinte Título “Pesquisas e pesquisas “e fiz o seguinte comentário sobre a matéria;

“Quem vai fazer uma pesquisa para saber qual o instituto de Pesquisa é mais confiável quem faz o jogo de quem?

As pesquisas tem também como função nas campanhas eleitorais arrebatar os indecisos. É aquela estória de “eu vou votar em quem estiver na frente” .Com o passar do tempo o povo está no mínimo “desconfiando mais dessas pesquisas”

Hoje 02/10/2010, o que vemos é que os institutos de pesquisas estão cada vez mais perdendo a credibilidade perante o público mais informado. Veja o que Osmar dizia sobre os institutos de pesquisa após a derrota para Requião em 2006.

Osmar disse na época que Datafolha e Ibope não tinham moral para fazer pesquisas no Paraná. Osmar disse que, na véspera da eleição, a diretora do Ibope, Marcia Cavalari, foi na casa de Requião duas vezes. Também disse que ia entrar com projeto de lei no Código Penal para que os institutos que errassem a pesquisa acima da margem de erro tivessem que pagar os custos da campanha do candidato prejudicado. “E os institutos receberam muito para fazer o que fizeram. As pesquisas que fizeram foram bem pagas”, disse Osmar na época. O senador terminou o discurso lembrando o que teria dito Requião em 2002. “Meu adversário disse em 2002: se quero comprar peixe, vou na peixaria. Se quero comprar pesquisa, vou no Ibope. Eu acho que Requião aprendeu bem o caminho do Ibope”, relembrou Osmar no Senado, em 2006, sobre a tal fala de Requião.

Agora ele(Osmar) critica o direito do candidato Beto Richa de contestar os métodos usados pelos mesmos institutos de pesquisa antes acusados por ele de venderem resultados. Beto Richa fez o que Osmar se arrependeu de não ter feito em 2006.

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