A Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE não deixa dúvidas: em trinta anos, a sobra de caixa das famílias brasileiras reduziu-se em 75%. Contribuiu para isso a confluência do aumento da carga tributária com a falência dos serviços públicos, o que obrigou as famílias a pagar uma segunda vez por educação, segurança e saúde. A escalada da carga tributária brasileira tem sido inclemente desde a década de 80. E, embora ela não possa ser apontada como a única responsável pelo atoleiro econômico de um país que passou quase dez anos acuado por índices estratosféricos de inflação, é evidente sua influência negativa sobre o crescimento.
Em 1994, a carga tributária era de 28,9% do PIB. No ano passado, ficou em 35% e, neste ano, deve chegar a 37%. Não seria nada de mais se parte dessa arrecadação financiasse o investimento naquelas áreas em que o Estado deve estar presente, o que não vem acontecendo.
É uma carga compatível com a de países ricos, como Alemanha e Canadá, conhecidos pela excelência dos serviços públicos que oferecem a seus cidadãos. No Brasil, o Estado não cumpre seu papel, mas cobra caro assim mesmo. Fonte Veja On Line.
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