sábado, 25 de dezembro de 2010

Balas de Banana .Produto Made in Antonina.


Tão famosos quanto o casario colonial e o carnaval, os doces de Antonina feitos com banana ganharam versões que misturam frutas e especiarias à receita original
Matinhos - As tradicionais balas de banana vão virar o ano de cara e sabores novos. O ingrediente consagrado ganhou a companhia de outras frutas e especiarias, como goiaba, canela, limão, gengibre e até pimenta. O responsável pela invenção é o empresário Silas Dias, que junto da esposa, Maristela Mendes, é proprietário da Indústria e Comércio de Conserva Floresta.
A especialidade da dupla, não era de se duvidar, sempre foram as balas, que em Antonina são servidas aos punhados por todos os cantos. Silas gosta de repetir com entusiasmo a quem aparece na loja a frase que pretende colocar em uma placa: “Em Antonina você é recebido à bala... de banana”.
E foi assim – só com banana pura e açúcar – que se passaram 21 anos. Até o dia em que o empresário resolveu dar uma pitada de renovação à tradição. Segundo ele, a opção de inovar em cima de um produto de tão boa aceitação parecia a melhor forma de se destacar no já estabelecido comércio do produto na cidade.
“O primeiro sabor que tentamos foi gengibre, depois foi o de amendoim, na sequência o de canela e o de chocolate”, conta Dias, que, além de entusiasta e patrocinador da nova empreitada, foi “cobaia” de suas novas criações. “Eu preparava e provava várias vezes até atingir o resultado esperado. A de chocolate, por exemplo, foi bem difícil achar o ponto ideal”, revela. Ele confessa que já chegou a testar uma receita de bala de pinhão, sem muito sucesso – até agora.
De tanto planejar, pôr a mão na massa e provar as receitas, o cardápio de balas de banana aumentou. Entre erros e acertos, hoje há 14 sabores disponíveis: açaí, maracujá, mel, castanha, goiaba, canela, gengibre, abacaxi, limão, amendoim, chocolate e pimenta. Para completar a lista foram criados recentemente o de panetone e mexicano, feito com pimenta e ervas típicas.
Aprovadas pelo paladar do criador, faltava às balas caírem no gosto do público. E não deu outra. A ideia dos novos sabores fez tanto sucesso que eles estão sendo mais procurados pelos consumidores do que as originais, só de banana, também produzidas na indústria. De acordo com Dias, um 15.º elemento está para entrar no conjunto: a bala de caju. Agora, os segredos da produção, esses ele não revela nem sob tortura. “Nem a minha esposa conhece os meus planos e as minhas receitas. Eu faço, eu provo e aprovo. É tudo segredo de Estado”, brinca o empresário.
Costumes
Por mais que ao longo os três últimos anos muita coisa tenha mudado, as balas – fisicamente – são as mesmas: pequenos retângulos com cor de caramelo, cobertos por açúcar e embalados em papel alaranjado. A única diferença está na identificação escrita no pacote externo, que vem com 500 g de balas de cada um dos sabores. “É preciso ter muita atenção para não misturar os produtos”, diz a funcionária da indústria Benedita Vieira da Costa, de 64 anos, que trabalha lá desde as primeiras paneladas de bala de banana. Mesmo depois de 24 anos de trabalho diário no embalo das pequenas balas açucaradas, continuam sendo elas sua sobremesa preferida. E Benedita avisa que a melhor das invenções de Dias é a bala de banana versão maracujá. “A mistura é perfeita.”
Produto artesanal ganha mercado
Tradição é tradição e, por isso mesmo, a receita original das balas de banana continua sendo produzida na fábrica. Aliás, tirando os ingredientes secretos que compõem as novas modalidades, tudo continua do mesmo jeito por lá. O jeito de fazer balas ainda é artesanal. Os oito funcionários que trabalham com o empresário Silas Dias, da Indústria e Comércio de Conserva Floresta, são auxiliados por duas máquinas, que fazem o retalho de doce do formato certo e o empacotamento de 120 balas por minuto. O espaço utilizado para isso é pequeno e fica às margens da rodovia que dá acesso a Antonina.
Além das balas “multissabores”, por lá são preparados doces de banana, farinha de banana e bananinha. A cada mês saem da fábrica dez toneladas desses produtos. “É uma produção artesanal, mas supre as nossas necessidades. Em caso de pedido grande, a gente dobra o turno”, diz Maristela, sócia do negócio. Metade da matéria-prima vem da própria região litorânea e cerca de 30% da produção é vendida para o atacado. O restante se destina aos clientes assíduos que saem de lá com o estoque de balas renovado. Aos interessados, o pacote com meio quilo do doce sai por R$ 4,90. No mais, conservas e sorvetes disputam o espaço nas prateleiras.
Segundo Maristela, as balas têm espalhado sua fama por outras localidades. Isso graças aos turistas que visitam Antonina, provam dos sabores tradicionais às novidades e acabam carregam encomendas para fora do município. “Parte da nossa produção é comercializada em Curitiba e nos estados de Minas Gerais e Santa Catarina”, diz ela. Pelo jeito há muitas outras cidades recebendo pessoas à bala...
                                                                              Fonte Gazeta do Povo.

Um comentário:

  1. Tutuca.
    Parabéns ao casal "garotos-propagandas" da foto, empreendedores de primeira hora, se bobearmos logo logo eles desviam a rodovia passando por dentro da sua loja.
    Mauricio Scarante (Masca)

    ResponderExcluir