domingo, 23 de janeiro de 2011

Polícia Federal liga fraudes a Eduardo Requião



Eduardo "Alligator" Requião

De Karlos Kohlbach e Heliberton Cesca na Gazeta do Povo

Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal durante a investigação que culminou na Operação Dallas, deflagrada na última quarta-feira, revelam que o ex-superintendente do Porto de Paranaguá Eduardo Requião de Mello e Silva, irmão do senador eleito e ex-governador do estado Roberto Requião, seria o principal beneficiário de um suposto esquema que renderia propina de U$S 5 milhões (quase R$ 9 milhões) na licitação para a compra de uma draga vinda da Chi­­na. As interceptações ainda apontam indícios de que Eduardo Requião mantinha em casa grande volume de dólares sem comprovação de origem, além de fazer remessas para o exterior.
Nas conversas narradas nos relatórios da PF, obtidos com exclusividade pela Gazeta do Povo e que fazem parte da investigação da Operação Dallas, o ex-superintendente Daniel Lúcio de Oliveira de Sou­­za fala que Eduardo Requião, citado nas conversas como “Croco­dilo”, receberia US$ 2,5 milhões (R$ 4,2 milhões) em propina caso a Administração dos Portos de Para­naguá e Antonina (Appa) comprasse a draga da empresa Global Connection.
A outra metade da propina, segundo documento da PF, seria dividida após a conclusão da licitação. Dois dos supostos beneficiários seriam o empresário Luís Gui­lherme Gomes Mussi, ex-assessor especial do governo e segundo suplente do senador Roberto Requião, e Carlos Augusto Moreira Júnior, que foi chefe de gabinete do ex-governador, disputou a prefeitura de Curitiba em 2008 pelo PMDB e é ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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