domingo, 23 de setembro de 2012

Aprovado plano de desenvolvimento e zoneamento do Porto de Antonina


Agência de Notícias

O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO) de Antonina foi aprovado nesta sexta-feira (21/09) pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP). A projeção é de que a movimentação chegue a 3,2 milhões de toneladas de carga por ano no terminal até 2030. O volume representa um aumento de cerca de 170% sobre o total movimentado em 2011, que foi de 1,2 milhão de toneladas.

Prevendo a expansão do Porto de Antonina, o PDZPO aponta novas áreas de interesse portuário, áreas com potencial turístico, áreas próprias para apoio logístico e, também, áreas reservadas para estudos. A diversificação de cargas também está prevista pelo documento.

O documento foi apresentado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonia (Appa), analisado pelos conselheiros e debatido com toda a comunidade portuária do município, desde agosto. Na próxima semana, será enviado para a aprovação da Secretaria de Portos e Agência Nacional de Transporte Aquaviárias (Antaq).

Assim como o Plano do Porto de Paranaguá, o de Antonina foi desenvolvido com a ajuda da Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (FEESC) e do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina. Foram duas etapas, uma de diagnóstico e outra de prognóstico.

O superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, lembra que desde 2006 o Plano de Antonina estava desatualizado. Essa nova versão considerou fatores como o tamanho e abrangência do terminal, as cargas com as quais opera e a infraestrutura. “Com o Plano de Zoneamento atualizado o desenvolvimento do Porto de Antonina fica ordenado. Agora nada pode ser feito sem que esteja de acordo”, afirma Dividino.

DIVERSIFICAÇÃO – O Porto de Antonina movimenta principalmente carnes congeladas, açúcar ensacado e fertilizantes. Até 2030, o PDZPO prevê o aumento na demanda dos dois últimos produtos, assim como o surgimento de novos negócios com produtos metalúrgicos e veículos. Como destaque na característica da área do Porto de Antonina, o plano traz o perfil de desenvolvimento de atividades de apoio offshore.

Quanto às alternativas de expansão, o plano de Antonina traz a modernização do Terminal Ponta do Félix – para atender novas demandas da movimentação. Além desta, o documento prevê a operacionalização do Terminal Barão do Teffé (com vocação para operações de apoio para equipamentos offshore e estaleiro, principalmente para atender as atividades ligadas a exploração de petróleo).

Em Antonina, a área apontada pelo plano de desenvolvimento como de potencial turístico seria a Ponta da Pita. O documento ainda traz como opção de desenvolvimento do porto a construção de um terminal pesqueiro e uma marina pública. “Esta viria atender o crescente mercado das embarcações de passeio e esportivas. Enfim, o plano apresenta inúmeras possibilidades de expansão”, afirma Dividino.

CONFORMIDADE – De acordo com o Departamento de Planejamento da Appa, historicamente o PDZPO não tinha um guia que definisse os parâmetros do documento. Em 2009, a Secretaria de Portos (SEP) emitiu a portaria 414 dando esse norte. O documento da Appa atende em plenitude essa portaria, assim como o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP).

A idéia é que o PDZPO seja revisado a cada cinco anos ou quando houver um evento não previsto – seja um acidente ou uma mudança econômica drástica.

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