O prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novais (PPS), está sendo
acusado de usar máquinas pá-carregadeiras da municipalidade para realizar
trabalho que deveria estar sendo executado pela empreiteira contratada para
construir dois conjuntos habitacionais em uma antiga chácara, a 15 Km da sede,
entre o Jardim Ivone e o Independência. Um conjunto terá 1.015 casas populares
e outro mais 500 unidades.
A
empreiteira contratada, que segundo os
vereadores é de Campo Grande, teria ganhado de “presente” o serviço de
terraplanagem, só precisando agora fazer o trabalho de construção das casas
populares.
O
flagrante foi registrado pelo site www.pontaporadigital.com após receber informação de moradores indignados com a situação
de benevolência a uma empresa privada com dinheiro público. O serviço estaria custando em
torno de R$ 53 mil, sem contar gastos com combustível, pessoal e a utilização
do maquinário do município.
Parceria – A Prefeitura de Ponta Porã admite que as
máquinas da municipalidade foram usadas na áreas, mas alega que tratou-se de
uma “parceria” que beneficiou vários pontos da cidade. “Foi feita uma parceria
entre a prefeitura e a empreiteira, que cede volume de terra para conter erosão
em vários pontos de Ponta Porã”, afirmou o assessor de
imprensa do prefeito Ludimar Novaes.
Entre outros pontos que foram beneficiados com a terra retirada
da área onde serão construídas as casas populares, segundo a prefeitura, estão
a Rua Vital Brasil, de grande movimento, a Rua Porto Alegre, onde deve
deslizamento perto da ponte, onde também está sendo executada a colocação de
uma barreira de pedra, e a região do Grivela, próximo da Unei.
Indagado se a terraplanagem faz parte do acordo ou só a retirada
de terra, o assessor de Ludimar respondeu: “Não é que município está prestando
serviço, só retiramos terra. A área é da empreiteira, estamos fazendo um
trabalho de cooperação”.