Não faço política no desespero, fazendo qualquer tipo de ajuntamento em função das conveniências de momento. Quem tem uma coligação recheada de contradições não sou eu”. Beto Richa em Londrina, ontem à noite, em inauguração de comitê regional.
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça. . É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo. . É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião. . Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo. . Fernando Evangelista
Chega a ser engraçado essa coisa de, no Brasil, ninguém ser de direita. Por aqui, alguém só se diz de direita quando quer chocar ou demonstrar certa ferocidade política e pessoal do tipo “sou de direita mesmo, vai encarar?”. Coisa de cabo eleitoral da TFP e bestas-feras do gênero. Mas a regra é diferente. Quem é de direita só abre a boca quando percebe receptividade no ambiente. Mais ou menos como quem é racista. Normalmente, para se identificar alguém de direita é preciso observar o conjunto dos atos e o tom do discurso, uma mistura de falsa simulação ideológica que inclui, necessariamente, a negação das divisões políticas ou, no limite, a própria negação da política. Dessa forma, ao ser questionado sobre pendores ideológicos, o indivíduo de direita se sai sempre com o clichê da queda do muro de Berlim – embora a maioria apenas desconfie, ligeiramente, do verdadeiro significado do evento e do processo que o deflagrou. Depois da queda do muro de Berlim, portanto, não tem mais direita nem esquerda, é tudo muito relativo. Outra saída é dizer que odeia política, que é apolítico (?), que político é tudo canalha, que não vai mais dar o voto para ninguém. Mentira: vai votar na direita.
No Brasil, há casos clássicos de políticos e intelectuais que migraram para a direita, um pouco pelo desencanto do comunismo, pela perda natural dos ideais que a idade provoca, mas muito pela oportunidade de ficar rico ou fazer parte da elite nacional que toma uísque escocês e freqüenta balneários de luxo, ainda que forma subalterna e humilhante. Não é preciso citar nomes, mas muitos pululam pelos parlamentos, partidos políticos e redações de jornais. Pergunte a qualquer deputado ou senador se ele é de direita, e não vai aparecer nenhum. Todo mundo tem uma desculpa para não ser de direita, mesmo os mais conservadores e reacionários, mesmo as viúvas da ditadura militar, mesmo os risíveis neodemocratas de plantão. Todos vão dizer que esquerda e direita não existem mais. Que depois da queda do muro de Berlim, etc,etc,etc.
A verdade é que ninguém quer se admitir de direita porque, no Brasil, ou em qualquer outra nação latino-americana que tenha sido submetida a regimes neofascistas comandados por generais, ser de direita tem pouco a ver com a clássica postura liberal econômica ou com a defesa das leis de mercado. Tem a ver é com truculência, violência, racismo, fundamentalismo religioso, obscurantismo político, coronelismo, ódio de classe e, é claro, golpismo. Por isso há tão poucos direitistas assumidos. Assim, de cabeça, aliás, não lembro de nenhum. Ah, de repente me lembrei de uma confissão antológica do ex-deputado Wigberto Tartuce, o Vigão, parlamentar do PTB brasiliense, de riquíssimo prontuário policial, temeroso de ser confundido na multidão: “Eu sou de direita, mas sou honesto”. Até agora, a única confirmação das autoridades policiais é a de que Vigão é mesmo de direita.
Esses ransos ideológicos na minha opinião não exitem mais e essa não é uma constatação minha é a realidade .Vide matéria que reproduzi aqui no blog com o seguinte título"Ideologia na política Procura-se.".Mas o que me chamou a atenção por esses dias foi a frase da candidata a presidência da república e ex-petista Marina Silva que disse o seguinte ;
Em entrevista à Rádio Grande Rio, de Petrolina (PE), a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse que o chefe do Executivo não precisa conviver com a corrupção para governar. "A maior parte das pessoas dentro dos governos não é corrupta", defendeu.
Eu tenho certeza que a ex-petista que fez parte deste governo de "esquerda" por muito tempo, viu muita coisa acontecer lá dentro e com este pronunciamento deixou nas entre linhas uma sutil mensagem ,para o bom entendedor ...
Um assessor de Bill Clinton ficou famoso por dizer uma frase antes da disputa que o candidato venceria contra George Bush, em 1992. Ao ver um discurso do presidente, ele percebeu que Bush nunca falava da economia. E disse a frase: “É a economia, estúpido!” Aquele aspecto, que andava mal nos EUA, decidiria a eleição.
No Brasil, se a teoria estiver certa, os números estão ajudando cada vez mais a candidata Dilma, do PT. O novo número sobre o desemprego, divulgado hoje, mostra que a taxa de pessoas sem ocupação é a menor em quase uma década. Com dinheiro no bolso, a população tende a ficar contente. É a economia que vai decidir a eleição? Se for, Dilma está em vantagem.
Tutuca...sobre este aspecto vc pode ter uma realidade, pois vc é um empreendedor. As vendas aumentram ou diminuiram?
Eu comparo o sucesso do País hoje como a construção de uma casa o governo Fernando Henrique planou o terreno elaborou o projeto construiu a parte mais importante da casa a sua base e levantou as paredes(fim da inflação ,Plano Real,a criação dos programas que hoje o PT chama de bolsa Família e outros...) .Vamos e venhamos quando se constrói uma casa essas coisas são pouco notadas. O governo Lula deu seqüência a tudo que foi iniciado por FHC é lógico dando uma roupagem diferente da usada pelo governo anterior colocando um tucano como presidente do Banco Central cobrindo a casa rebocando as paredes colocou janelas e portas o que na minha comparação seria hoje o sucesso da economia do País (cá entre nós o acabamento de uma casa sempre aparece mais em uma construção do que a base.) Portanto não existe direita nem esquerda existe um projeto para o País que não se implanta em oito anos (FHC) e nem em mais oito (Lula) . Um País para passar de subdesenvolvido e terceiro “mundista” para um país de primeiro mundo e desenvolvido leva no mínimo 40 anos. Nesse meio tempo é muito importante para a Democracia que ninguém se mantenha no poder por mais de oito anos ( 2 mandatos) porque o poder embriaga haja visto as últimas atitudes de Lula que está querendo passar por cima das instituições desrespeitando Polícia Federal Tribunal de Contas da União e as leis eleitorais . Essa é a minha opinião.
Só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixa e móvel
JOÃO É DONO de um jogo de armar. Dois meninos mais velhos e mais espertos, Gonçalo e Manuel, persuadem João a trocar o seu belo jogo por um pirulito.
Feita a troca, e comido o pirulito, João fica olhando Gonçalo e Manoel, primeiro, se divertirem com o jogo de armar, e, depois, montarem uma briga para ver quem fica o único dono. Alguma semelhança entre essa estoriazinha e a realidade?
Não é preciso muita imaginação para descobrir. João é o Brasil que abriu a telefonia fixa e a celular para estrangeiros. Gonçalo é a Espanha e sua Telefônica, Manuel é Portugal e a Portugal Telecom; os dois se engalfinham diante da oferta "irrecusável" da Telefônica para assumir o controle da Vivo, hoje partilhado por ela com os portugueses.
Mas por que eu estou chamando o Brasil de menino bobo? Porque só um tolo entrega a empresas estrangeiras serviços públicos, como são a telefonia fixa e a móvel, que garantem a seus proprietários uma renda permanente e segura.
No caso da telefonia fixa, a privatização é inaceitável porque se trata de monopólio natural. No caso da telefonia móvel, há alguma competição, de forma que a privatização é bem-vinda, mas nunca para estrangeiros.
Estou, portanto, pensando em termos do "condenável" nacionalismo econômico cuja melhor justificação está no interesse que foi demonstrado pelos governos da Espanha e de Portugal.
O governo espanhol, nos anos 90, aproveitou a hegemonia neoliberal da época para subsidiar de várias maneiras suas empresas a comprarem os serviços públicos que estavam então sendo privatizados. Foram bem-sucedidos nessa tarefa.
Neste caso, foram os espanhóis os nacionalistas, enquanto os latino-americanos, inclusive os brasileiros, foram os colonialistas, ou os tolos.
Agora, quando a espanhola Telefônica faz uma oferta pelas ações da Vivo de propriedade da Portugal Telecom, o governo português entra no jogo e proíbe a transação.
A União Europeia já considerou ilegal essa atitude, mas o que importa aqui é que, neste caso, os nacionalistas são os portugueses que sabem como um serviço público é uma pepineira, e não querem que seu país a perca.
O menino tolo é o Brasil, que vê o nacionalismo econômico dos portugueses e dos espanhóis e, neste caso, nada tem a fazer senão honrar os contratos que assinou.
Vamos um dia ficar espertos novamente? Creio que sim. Nestes últimos anos, o governo brasileiro começou a reaprender, e está tratando de dar apoio a suas empresas.
Para horror dos liberais locais, está ajudando a criar campeões nacionais. Ou seja, está fazendo exatamente a mesma coisa que fazem os países ricos, que, apesar de seu propalado liberalismo, também não têm dúvida em defender suas empresas nacionais.
Se o setor econômico da empresa é altamente competitivo, não há razão para uma política dessa natureza. Quando, porém, o mercado é controlado por poucas empresas, ou, no caso dos serviços públicos, quando é monopolista ou quase monopolista, não faz sentido para um país pagar ao outro uma renda permanente ao fazer concessões públicas a empresas estrangeiras.
A briga entre espanhóis e portugueses pela Vivo é uma confirmação do que estou afirmando.
Nota:
Existem empresas que são estratégicas.
Existem áreas da economia que são estratégicas.
Quem dominar estas áreas fica rico. Quem não dominar ficará pobre.
Lembre disto.
Leia também:
Brasileiros devem aprender a defender a pátria com o exemplo de Portugal http://chicaodoispassos.blogspot.com/2010/07/brasileiros-devem-aprender-defender.html
Ser de Esquerda
ResponderExcluirSer de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
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É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
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É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
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Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
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Fernando Evangelista
Caso raro...
ResponderExcluirChega a ser engraçado essa coisa de, no Brasil, ninguém ser de direita. Por aqui, alguém só se diz de direita quando quer chocar ou demonstrar certa ferocidade política e pessoal do tipo “sou de direita mesmo, vai encarar?”. Coisa de cabo eleitoral da TFP e bestas-feras do gênero. Mas a regra é diferente. Quem é de direita só abre a boca quando percebe receptividade no ambiente. Mais ou menos como quem é racista. Normalmente, para se identificar alguém de direita é preciso observar o conjunto dos atos e o tom do discurso, uma mistura de falsa simulação ideológica que inclui, necessariamente, a negação das divisões políticas ou, no limite, a própria negação da política. Dessa forma, ao ser questionado sobre pendores ideológicos, o indivíduo de direita se sai sempre com o clichê da queda do muro de Berlim – embora a maioria apenas desconfie, ligeiramente, do verdadeiro significado do evento e do processo que o deflagrou. Depois da queda do muro de Berlim, portanto, não tem mais direita nem esquerda, é tudo muito relativo. Outra saída é dizer que odeia política, que é apolítico (?), que político é tudo canalha, que não vai mais dar o voto para ninguém. Mentira: vai votar na direita.
No Brasil, há casos clássicos de políticos e intelectuais que migraram para a direita, um pouco pelo desencanto do comunismo, pela perda natural dos ideais que a idade provoca, mas muito pela oportunidade de ficar rico ou fazer parte da elite nacional que toma uísque escocês e freqüenta balneários de luxo, ainda que forma subalterna e humilhante. Não é preciso citar nomes, mas muitos pululam pelos parlamentos, partidos políticos e redações de jornais. Pergunte a qualquer deputado ou senador se ele é de direita, e não vai aparecer nenhum. Todo mundo tem uma desculpa para não ser de direita, mesmo os mais conservadores e reacionários, mesmo as viúvas da ditadura militar, mesmo os risíveis neodemocratas de plantão. Todos vão dizer que esquerda e direita não existem mais. Que depois da queda do muro de Berlim, etc,etc,etc.
A verdade é que ninguém quer se admitir de direita porque, no Brasil, ou em qualquer outra nação latino-americana que tenha sido submetida a regimes neofascistas comandados por generais, ser de direita tem pouco a ver com a clássica postura liberal econômica ou com a defesa das leis de mercado. Tem a ver é com truculência, violência, racismo, fundamentalismo religioso, obscurantismo político, coronelismo, ódio de classe e, é claro, golpismo. Por isso há tão poucos direitistas assumidos. Assim, de cabeça, aliás, não lembro de nenhum. Ah, de repente me lembrei de uma confissão antológica do ex-deputado Wigberto Tartuce, o Vigão, parlamentar do PTB brasiliense, de riquíssimo prontuário policial, temeroso de ser confundido na multidão: “Eu sou de direita, mas sou honesto”. Até agora, a única confirmação das autoridades policiais é a de que Vigão é mesmo de direita.
Esses ransos ideológicos na minha opinião não exitem mais e essa não é uma constatação minha
ResponderExcluiré a realidade .Vide matéria que reproduzi aqui no blog com o seguinte título"Ideologia na política Procura-se.".Mas o que me chamou a atenção por esses dias foi a frase da candidata a presidência da república e ex-petista Marina Silva que disse o seguinte ;
Em entrevista à Rádio Grande Rio, de Petrolina (PE), a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse que o chefe do Executivo não precisa conviver com a corrupção para governar. "A maior parte das pessoas dentro dos governos não é corrupta", defendeu.
Eu tenho certeza que a ex-petista que fez parte deste governo de "esquerda" por muito tempo, viu muita coisa acontecer lá dentro e com este pronunciamento deixou nas entre linhas uma
sutil mensagem ,para o bom entendedor ...
Tutuca! Você é de esquerda ou de direita?
ResponderExcluirUm assessor de Bill Clinton ficou famoso por dizer uma frase antes da disputa que o candidato venceria contra George Bush, em 1992. Ao ver um discurso do presidente, ele percebeu que Bush nunca falava da economia. E disse a frase: “É a economia, estúpido!” Aquele aspecto, que andava mal nos EUA, decidiria a eleição.
ResponderExcluirNo Brasil, se a teoria estiver certa, os números estão ajudando cada vez mais a candidata Dilma, do PT. O novo número sobre o desemprego, divulgado hoje, mostra que a taxa de pessoas sem ocupação é a menor em quase uma década. Com dinheiro no bolso, a população tende a ficar contente. É a economia que vai decidir a eleição? Se for, Dilma está em vantagem.
Tutuca...sobre este aspecto vc pode ter uma realidade, pois vc é um empreendedor. As vendas aumentram ou diminuiram?
Eu comparo o sucesso do País hoje como a construção de uma casa o governo Fernando Henrique planou o terreno elaborou o projeto construiu a parte mais importante da casa a sua base e levantou as paredes(fim da inflação ,Plano Real,a criação dos programas que hoje o PT chama de bolsa Família e outros...) .Vamos e venhamos quando se constrói uma casa essas coisas são pouco notadas.
ResponderExcluirO governo Lula deu seqüência a tudo que foi iniciado por FHC é lógico dando uma roupagem diferente da usada pelo governo anterior colocando um tucano como presidente do Banco Central cobrindo a casa rebocando as paredes colocou janelas e portas o que na minha comparação seria hoje o sucesso da economia do País (cá entre nós o acabamento de uma casa sempre aparece mais em uma construção do que a base.)
Portanto não existe direita nem esquerda existe um projeto para o País que não se implanta em oito anos (FHC) e nem em mais oito (Lula) .
Um País para passar de subdesenvolvido e terceiro “mundista” para um país de primeiro mundo e desenvolvido leva no mínimo 40 anos.
Nesse meio tempo é muito importante para a Democracia que ninguém se mantenha no poder por mais de oito anos ( 2 mandatos) porque o poder embriaga haja visto as últimas atitudes de Lula que está querendo passar por cima das instituições desrespeitando Polícia Federal Tribunal de Contas da União e as leis eleitorais .
Essa é a minha opinião.
Bresser Pereira - lembram dele!
ResponderExcluirBresser Pereira e a privatização da telefonia
Só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixa e móvel
JOÃO É DONO de um jogo de armar. Dois meninos mais velhos e mais espertos, Gonçalo e Manuel, persuadem João a trocar o seu belo jogo por um pirulito.
Feita a troca, e comido o pirulito, João fica olhando Gonçalo e Manoel, primeiro, se divertirem com o jogo de armar, e, depois, montarem uma briga para ver quem fica o único dono. Alguma semelhança entre essa estoriazinha e a realidade?
Não é preciso muita imaginação para descobrir. João é o Brasil que abriu a telefonia fixa e a celular para estrangeiros. Gonçalo é a Espanha e sua Telefônica, Manuel é Portugal e a Portugal Telecom; os dois se engalfinham diante da oferta "irrecusável" da Telefônica para assumir o controle da Vivo, hoje partilhado por ela com os portugueses.
Mas por que eu estou chamando o Brasil de menino bobo? Porque só um tolo entrega a empresas estrangeiras serviços públicos, como são a telefonia fixa e a móvel, que garantem a seus proprietários uma renda permanente e segura.
No caso da telefonia fixa, a privatização é inaceitável porque se trata de monopólio natural. No caso da telefonia móvel, há alguma competição, de forma que a privatização é bem-vinda, mas nunca para estrangeiros.
Estou, portanto, pensando em termos do "condenável" nacionalismo econômico cuja melhor justificação está no interesse que foi demonstrado pelos governos da Espanha e de Portugal.
O governo espanhol, nos anos 90, aproveitou a hegemonia neoliberal da época para subsidiar de várias maneiras suas empresas a comprarem os serviços públicos que estavam então sendo privatizados. Foram bem-sucedidos nessa tarefa.
Neste caso, foram os espanhóis os nacionalistas, enquanto os latino-americanos, inclusive os brasileiros, foram os colonialistas, ou os tolos.
Agora, quando a espanhola Telefônica faz uma oferta pelas ações da Vivo de propriedade da Portugal Telecom, o governo português entra no jogo e proíbe a transação.
A União Europeia já considerou ilegal essa atitude, mas o que importa aqui é que, neste caso, os nacionalistas são os portugueses que sabem como um serviço público é uma pepineira, e não querem que seu país a perca.
O menino tolo é o Brasil, que vê o nacionalismo econômico dos portugueses e dos espanhóis e, neste caso, nada tem a fazer senão honrar os contratos que assinou.
Vamos um dia ficar espertos novamente? Creio que sim. Nestes últimos anos, o governo brasileiro começou a reaprender, e está tratando de dar apoio a suas empresas.
Para horror dos liberais locais, está ajudando a criar campeões nacionais. Ou seja, está fazendo exatamente a mesma coisa que fazem os países ricos, que, apesar de seu propalado liberalismo, também não têm dúvida em defender suas empresas nacionais.
Se o setor econômico da empresa é altamente competitivo, não há razão para uma política dessa natureza. Quando, porém, o mercado é controlado por poucas empresas, ou, no caso dos serviços públicos, quando é monopolista ou quase monopolista, não faz sentido para um país pagar ao outro uma renda permanente ao fazer concessões públicas a empresas estrangeiras.
A briga entre espanhóis e portugueses pela Vivo é uma confirmação do que estou afirmando.
Nota:
Existem empresas que são estratégicas.
Existem áreas da economia que são estratégicas.
Quem dominar estas áreas fica rico. Quem não dominar ficará pobre.
Lembre disto.
Leia também:
Brasileiros devem aprender a defender a pátria com o exemplo de Portugal
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2010/07/brasileiros-devem-aprender-defender.html
O que é uma empresa estratégica?
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2008/07/o-que-uma-empresa-estratgica.html