sexta-feira, 23 de julho de 2010

Essa é pra quem gosta de ideologia na Política .



GOVERNO LULA: GOVERNO BURGUÊS E EM "DISPUTA"?

As conseqüências da crise capitalista têm servido para trazer à tona, dentre outras coisas, a contradição da política das organizações de vanguarda. A política da Conlutas (em especial da direção majoritária: PSTU/PSOL e correntes satélites) serve como o principal exemplo. As exigências à Lula e o programa para combater a crise no Brasil estão na lógica do “governo em disputa”. De todas estas políticas, cabe destacar o método de exigências, que cumpre um papel inverso ao que se propõe; isto é, ao invés de desmascarar, gera ilusões em Lula.

Lula governa para qual classe?
Nesta polêmica acerca das exigências ao governo, fica nítida a política conciliadora da direção majoritária da Conlutas, que acaba se chocando com algumas das suas eventuais caracterizações corretas do governo Lula, para enganar o seu público interno e que não se reflete na sua política. Para confirmar isso é preciso estudar essas eventuais análises combativas da direção majoritária sobre o governo Lula e, logo em seguida, comparar com a sua política.

É verdade que Lula foi um operário. Mas hoje governa para os grandes empresários e banqueiros, não para os trabalhadores. Só nos três primeiros anos de seu governo, os cinco maiores bancos aumentaram 28,4% seus lucros, em comparação com os dois mandatos de FHC. (...) Para garantir o pagamento dos juros aos banqueiros, Lula impôs um arrocho recorde nas contas públicas, retirando dinheiro da saúde e educação.O Bolsa-família, uma das ‘provas’ da preocupação de Lula com os pobres, custou ao governo no ano passado R$5,5 bilhões. Com esta verba, pagou entre 15 e 95 reais por mês a 8,7 milhões de famílias, perto de 35 milhões de pessoas. Vejam a farsa: a principal demonstração da preocupação de Lula com os pobres custou 5,5 bilhões de reais. Só em 2006, o governo vai entregar aos banqueiros 272 bilhões de reais em pagamento dos juros das dívidas, quase 50 vezes o que gastou com os pobres. (...) A outra grande ‘concessão’, o reajuste do salário mínimo, não resiste a qualquer análise séria. Para o miserável reajuste de 13%, Lula vai gastar a mais 5,6 bilhões de reais em 2006. Para assegurar o mínimo de R$ 1.536, definido pelo Dieese, seriam necessários R$ 132 bilhões, menos da metade do que será entregue por Lula em 2006 aos banqueiros. (...) Seu novo governo tentará impor a reforma trabalhista, que pode ser a maior perda de direitos da história para os trabalhadores” (Opinião Socialista – Nº261). “Direitos históricos como 13º, férias e FGTS deixarão de existir. (...) A reforma trabalhista está articulada com a reforma sindical, negociada entre governo, CUT, Força Sindical e empresários, para aumentar o poder das centrais sindicais pelegas e limitar a reação dos trabalhadores contra o governo e os patrões” (OS – Nº272). Poderíamos acrescentar a estes dados a lei de greve, que dificulta a organização e a paralisação dos trabalhadores, bem como a tentativa de criminalização dos movimentos sociais. No campo de suas contra-reformas o governo Lula decretou a Reforma Universitária, que privatiza o ensino público, destinando verba pública para as universidades privadas; e a malfadada Reforma da Previdência, que “aprofundou a onda privatista do governo tucano. (...) Após a reforma de Lula, os lucros dos fundos privados tiveram espantoso crescimento. (...) Também é conhecido o aparelhamento dos fundos de pensão pelo PT. Vários sindicalistas tornaram-se gestores direto do capital. Foi o que ocorreu, por exemplo, com Sérgio Rosa, presidente da Previ (fundo de pensão do BB)” (OS – Nº274).

Neste próximo artigo, notamos a plena consciência do PSTU acerca dos serviços prestados por Lula às multinacionais: “O governo que já tinha conseguido o maior lucro para os banqueiros e o maior superávit primário da história, acrescenta um dado novo: a maior remessa de lucros das multinacionais para o exterior”.
(...)
(OS – 246).
Sobre os recursos naturais, lemos que Lula leiloou diversas reservas de petróleo, “impedindo, definitivamente a soberania petrolífera do país.As cenas [dos leilões] lembravam as privatizações dos tempos de FHC, com liminares e manifestações” (OS – 188). No campo, “para 1 milhão de famílias o governo dedicou apenas R$ 8,8 bilhões no último ano, enquanto na última semana de maio [de 2006], numa só canetada, Lula assinou um pacote para o agronegócio destinando R$ 60 bilhões de crédito extra para 2006 e 2007, ou seja, sete vezes mais recursos”, sem falar que os “conflitos e assassinatos de sem-terra vem aumentando ano a ano” (OS – Nº264).

Fonte – PASMEM !! Site “Luta Marxista” .com e alguma coisa.

Por Tutuca,

Agora é com vcs ,entenda quem puder ...

Afinal é esquerda ou direita ? Bom a minha opinião todos já sabem...



2 comentários:

  1. Não sou Zumbi, tenho ideologia.

    Segundo o Dicionário Aurélio, ideologia significa sistema de idéias, ciência da formação de idéias. Já dizia o nobre Cazuza: "Ideologia eu quero uma pra viver". Eu fico imaginando se pessoas como Sócrates, Nietzsche,Gandhi e o próprio Jesus conseguiriam viver sem suas ideologias, sem uma idéia de como deveria ser a vida. Tenho a impressão de que esses nomes nem sequer seriam lembrados se eles não fossem fortemente movidos por suas idéias.

    Sócrates viveu bem antes de Jesus, mas já falava a máxima "conhece-te a ti mesmo", frase que vemos constantemente na ideologia cristã. Na ágora, a praça dos gregos, Sócrates despejava sua sabedoria, e jovens, filósofos, e pessoas comuns não ousariam discordar deste mito chamado Sócrates e, mesmo assim, ele dizia "só sei que nada sei". Ele não acreditava que havia deuses no Olimpo, isso fez com que chamasse a atenção das autoridades e dos oráculos, homens responsáveis pela orientação espiritual. Foi condenado a tomar cicuta, veneno bastante usado na época. Ele teve a opção de desmentir tudo, mas quis morrer por sua ideologia.

    Nietzsche escreveu em seus diversos livros matando Deus. Apartou-se da sociedade, se fez arrogante. Acreditava que o homem é o centro de tudo, que não há Deus, há sim: o super-homem. Sua ideologia, de tão radical e ferrenha, o fez definhar aos poucos em um manicômio, abandonado por todos.

    Joana D'arc?! Alguns já assistiram alguns filmes, e certamente recordarão deste nome. Ela tomada por uma convicção de que tinha um destino em sua vida, e que haveria de cumpri-lo. Esse destino foi a morte, resultado da traição de seus companheiros de guerra, em batalhas entre França x Inglaterra.

    Os próximos foram tomados por ideologias diferentes destes que acabei de comentar. Eles foram tomados por uma generosidade, amor à humanidade, filantropismo, enfim, foram influenciados pelo poder da mudança, usando como arma: o amor.

    Gandhi lutando contra a opressão da Inglaterra na Índia, fez a guerra da paz, a luta sem armas. Usou a palavra, a "não-violência". Conseguiu libertar a Índia do julgo inglês sem levantar um braço ao alto, sem aumentar o tom da voz.

    Jesus de Nazaré, movido pelo amor, com a mensagem de Deus, Javé, pregou o amor, desde criança usou a sabedoria, teve como os citados anteriormente muitos seguidores, entretanto, Jesus tornou-se o norte de gerações e gerações, e ainda hoje é venerado, adorado e amado. Jesus defendeu sua "ideologia" até o fim. Passou quarenta dias no deserto, e como qualquer pessoa que defende um ideal, foi tentado. O demônio fez suas propostas, mas como todos sabem, ele foi até o fim e morreu em uma cruz pelo povo, para que sua idéia, sua palavra seguisse em frente.

    Agora fiquei imaginando um pai de família, analfabeto, sem instrução, seja ela social, política ou religiosa. Esse sujeito possui ideologia? Pergunte sobre suas idéias, e a resposta será a mais simples, pois esse sujeito está na luta pela sobrevivência. Sua ideologia é comer e dar comida. Quem sabe na flor de sua juventude ele sonhasse, ou mesmo lutasse por esses sonhos. Mas a realidade dura o fez um dia colocar os pés no chão e esquecer do que um dia já havia pensado sobre idéias de mundo, idéias sobre pessoas, personalidades individuais ou coletivas. Ele em seu trabalho árduo e diário pela sobrevivência esqueceu-se o que é ideologia. Morrerá sem saber ao menos o que é viver, que segundo Plutarco, é preciso viver, não apenas existir.

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  2. Hoje os que tinham ideologia dentro do PT são chamados de RADICAIS.Devemos ter ideologia para outra coisas na vida mas na política esta palavra não existe.

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