quinta-feira, 29 de julho de 2010

Prefeitos Rebeldes.

Políticos ignoram alianças e fazem campanha para candidatos de outros partidos. Diretórios estudam punições

As coligações que vão disputar as eleições estaduais deste ano no Paraná estão fechadas há mais de 20 dias. Mas isso não tem impedido prefeitos e lideranças partidárias municipais de fecharem acordos, ainda que não oficiais, contrariando as alianças de seus partidos. Os casos de políticos “rebeldes” alteraram o mapa de influência das legendas nos 399 municípios paranaenses, que durava desde as últimas eleições.

Os dois principais candidatos que disputam o Palácio Iguaçu, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT), têm o apoio oficial dos partidos que administram 98% dos municípios do estado. Em número de prefeituras, a coligação A União Faz Um Novo Amanhã, do pedetista, está na frente. São seis partidos que governam 232 cidades. A coligação Novo Paraná do tucano é formada por 14 partidos, que têm 160 prefeitos. Já em número de eleitores, a base de Richa sai na frente, com 1.895.278 votantes em quatro dos dez maiores colégios eleitorais do Paraná, entre eles a capital. Osmar tem apoio dos prefeitos dos outros seis grandes municípios, mas que juntos somam 1.125.070 eleitores.

O mapa do apoio, no entanto, fugiu do controle das coligações desde que alguns prefeitos e lideranças decidiram apoiar candidatos adversários de seus partidos. É o caso de Aparecido José Weiller Júnior, prefeito de Jesuítas e presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop). Apesar de ser do PMDB, da base de Osmar, anunciou apoio a Richa. Para ele, a aliança de sua legenda com o PDT é uma incoerência. “Trabalhei nos 50 municípios da região para viabilizar a candidatura do [governador Orlando] Pessuti, mas a decisão do diretório foi outra”, disse.

Punição

Pelo menos um partido já adotou medidas punitivas contra os dissidentes até agora. O PV suspendeu a filiação do ex-presidente do partido em Guarapuava Celso Góes, sob a alegação de infidelidade partidária. Góes havia se inscrito para disputar as eleições para Câmara dos Deputados, mas teria desistido para apoiar um candidato do PPS. O partido deu prazo de 30 dias para ele apresentar sua defesa e depois decidirá sobre a expulsão ou não de Góes da legenda.

Fonte Gazeta do Povo..

Por Tutuca,

No caso do Prefeito de Jesuitas ele não foi o único a ser passado pra trás pelo Pessuti muita gente caiu na asneira de trabalhar para viabilizar a candidatura do Pessutão e acabou levando o balão. O Pessuti sabedor que não seria páreo para o candidato do PSDB , mas teria um papel de importância por estar no governo ,fez uma barganha com o Lula montando palanque pra Dilma e resolvendo com certeza o seu lado. Por esse e outros motivos é quase impossível exigir a tal da fidelidade partidária . Os cara dão rasteira até em gilete.


Um comentário:

  1. As ciganas leitores de mão e cartas de baralho.

    Começa a temporada de pesquisas de opinião pública, com safras cada vez mais rotineiras. O eleitor, cada vez mais, será consultado antecipadamente à consulta principal, na urna, que só acontece daqui a alguns meses. Até o primeiro turno das eleições, em 3 de outubro, muita água vai rolar por debaixo da ponte.

    Mas há pesquisas e pesquisas, e suas interpretações, uma caixinha de variadas fórmulas. A questão não são os números que apontam, para candidato A, B ou C, as preferências do eleitorado naquele determinado espaço de tempo, mas as interpretações que “especialistas” dos mais variados naipes dão a eles. Mesmo que os frios números não digam o que os especialistas interpretativos querem que eles digam, faz-se um esforço de espremer percentagens e tirar duvidosas lucubrações para que apareçam como resultado positivo, o que nem sempre são. Tudo é questão de interpretação, ao gosto do freguês; desliza ao saber da maré para que o barco, mesmo que em meio à turbulência, pareça estar na mais serena enseada.

    A matemática é simples e objetiva: 2+2 são 4; além disso, é ciência, precisa e exata. Mas pesquisa de opinião, mesmo que os profissionais que atuam nesse (lucrativo) mercado, na ânsia de atribuir maior "nobreza" ao desenvolvimento da sua atividade, digam que se trata de uma ciência, fatos passados e recentes não permitem que se leve tal afirmação muito a sério.

    Mas pior que isso é ver que pesquisas de opinião pública têm também a capacidade de revelar a natureza astuta do homem de só aceitar o que lhe convém.

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