O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, prestou esclarecimentos no Senado sobre o caso do banco PanAmericano.
A certa altura, os senadores questionaram Meirelles sobre a falta de faro da fiscalização do BC. Como não farejar um rombo de R$ 2,5 bilhões?
Meirelles disse que o BC não está estruturado para perscrutar todo o sistema financeiro. Não considera viável nem necessário:
"O que custaria para os cofres públicos prevenir que o controlador do banco tivesse prejuízo?...”
“...E qual a viabilidade técnica de uma supergaláctica auditoria do BC, auditando todas as instituições financeiras do país?"
Antes, Meirelles confirmara ao repórteres sua saída da presidência do BC. Descartado por Dilma Rousseff, declarou-se "feliz, gratificado". Fonte Blog do Josias
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Quanto mais o governo explica, mais se complica. Conforme passam os dias, surgem mais indagações sem respostas, mais surpresas e mistérios envolvendo a compra de participação da Caixa Econômica Federal (CEF) no Banco PanAmericano. Na semana passada o presidente do Banco Central afirmou que o BC agiu a tempo e cumpriu suas funções e que, mais importante, não houve prejuízo ao erário público. Alguns dias depois, eis que surge mais um esqueleto de R$ 400 milhões referente às operações com cartão de crédito. E amanhã, o que nos espera?
Perguntas sem respostas
A primeira pergunta sem resposta neste episódio é: como o Banco Central e a própria Caixa não detectaram uma fraude da magnitude de R$ 2,5 bilhões de reais? Se o BC cumpriu suas funções corretamente, por que não percebeu tamanho ardil? E como é possível que uma instituição do porte da Caixa compre ações de um banco sem ter notado um rombo tão gigantesco? O erro é tão primário e os interesses tão grandes que o cidadão brasileiro é levado a crer que não se trata de um erro, mas de um golpe de mestre. Afinal, tamanha ingenuidade não costuma ser comum no setor financeiro, e a autorização do BC para que a Caixa finalizasse a operação de compra foi dada em julho, quando a fraude já tinha sido cometida e estava lá evidente na contabilidade do Banco Panamericano.
Meias Verdades
Dizer que não houve prejuízo ao erário é outra meia-verdade. O rombo será coberto pelo controlador, que recebeu um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGG), que é formado por aportes de vários bancos. Ora, este dinheiro será cobrado até o último centavo de cada cliente, através do aumento dos juros e taxas bancárias. Não é por nada que o "spread" brasileiro é um dos mais altos do mundo. Portanto, o povo vai sentir no bolso o tamanho deste rombo.
Além disso, a CEF detém 49% do PanAmericano, que hoje vê seu valor em bolsa despencar. Desta forma, afirmar que a operação não lesou os cofres públicos é faltar com a verdade. Houve um prejuízo real e, pior ainda, toda a operação representou um risco bilionário ao Tesouro Nacional. E se o controlador não possuísse patrimônio para viabilizar o empréstimo?
Durante a discussão da Medida Provisória que criou a Caixa-Par (subsidiária da CEF responsável pela aquisição de articipações), o Congresso Nacional incluiu no texto a obrigatoriedade de toda compra feita por banco oficial (BB, CEF) ser acompanhada por uma Comissão Especial, formada por técnicos do BC, Receita Federal e Tribunal de Contas. O objetivo era evitar fraudes como esta do PanAmericano e proteger o dinheiro dos bancos públicos. Inacreditavelmente o presidente Lula vetou este artigo.
Na época, eu e outros parlamentares da oposição questionamos a criação da Caixa-Par.
Dizer que não houve prejuízo ao erário é outra meia-verdade. O rombo será coberto pelo controlador, que recebeu um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGG), que é formado por aportes de vários bancos. Ora, este dinheiro será cobrado até o último centavo de cada cliente, através do aumento dos juros e taxas bancárias. Não é por nada que o "spread" brasileiro é um dos mais altos do mundo. Portanto, o povo vai sentir no bolso o tamanho deste rombo.
Além disso, a CEF detém 49% do PanAmericano, que hoje vê seu valor em bolsa despencar. Desta forma, afirmar que a operação não lesou os cofres públicos é faltar com a verdade. Houve um prejuízo real e, pior ainda, toda a operação representou um risco bilionário ao Tesouro Nacional. E se o controlador não possuísse patrimônio para viabilizar o empréstimo?
Durante a discussão da Medida Provisória que criou a Caixa-Par (subsidiária da CEF responsável pela aquisição de articipações), o Congresso Nacional incluiu no texto a obrigatoriedade de toda compra feita por banco oficial (BB, CEF) ser acompanhada por uma Comissão Especial, formada por técnicos do BC, Receita Federal e Tribunal de Contas. O objetivo era evitar fraudes como esta do PanAmericano e proteger o dinheiro dos bancos públicos. Inacreditavelmente o presidente Lula vetou este artigo.
Na época, eu e outros parlamentares da oposição questionamos a criação da Caixa-Par.
Por que criar uma empresa para efetuar estas aquisições se a própria Caixa poderia adquirir ativos diretamente? As motivações que envolveram este trâmite não ficaram claras e, com maioria no Congresso, o governo concluiu seu objetivo. O resultado aí está.
Estas e outras questões podem ter um lado positivo ao demonstrar que talvez seja necessário rever a política de auditorias do BC, uma vez que no caso do PanAmericano quatro auditorias diferentes não foram capazes de detectar a fraude que ocorria há tempos em seus balanços contábeis.
Se neste caso houve tantos absurdos, o que se espera das outras compras de bancos e instituições financeiras realizadas pelos bancos oficiais?
O governo FHC vendeu estatais deficitárias, o governo Lula compra empresas falidas.
Estas e outras questões podem ter um lado positivo ao demonstrar que talvez seja necessário rever a política de auditorias do BC, uma vez que no caso do PanAmericano quatro auditorias diferentes não foram capazes de detectar a fraude que ocorria há tempos em seus balanços contábeis.
Se neste caso houve tantos absurdos, o que se espera das outras compras de bancos e instituições financeiras realizadas pelos bancos oficiais?
O governo FHC vendeu estatais deficitárias, o governo Lula compra empresas falidas.
Eduardo Sciarra é deputado federal. Fonte Paraná On Line.
Por Tutuca,
Olhe não é fácil ter que ouvir essas barbaridades. O tal de Meirelles vem á público dizer que o BC não está estruturado para “perscrutar” (Indagar, investigar, averiguar minuciosamente todo o sistema financeiro),e que não seria viável nem necessária essa tarefa. É obvio que não necessita investigar “todo” o sistema financeiro para identificar empresas e bancos fraudulentos é necessário investigar "somente" o banco que teria parte de suas ações compradas pela CEF e o BB no caso o Panamericano,mas...
No meio a tanta “miopia” do Banco Central no episódio da fraude do Panamericano dá até para entender a frase do Meirelles dizendo que sai do BC “feliz e gratificado”.
Eu sei muito bem porque NÂO votei na Dilma.
Mas permanece não tendo a menor e mais remota ideia de porque votou no patife do serra. Sinto muito. A inveja é uma merda.
ResponderExcluirPAULO ROBERTO HAPPY MAN CEQUINEL
THE HAPPY ORNITORRINCO COMPANY