Situação do solo no Litoral do PR é semelhante a da região serrana do Rio de Janeiro
De acordo com o Simepar, entre quinta e sexta-feira da semana passada, choveu na região da serra paranaense cerca de 340 milímetros. A média na região para todo o mês de março é de 270 milímetros.
A formação geológica da área em que foi registrado o maior desastre natural do país, no começo do ano, tem as mesmas características da região atingida aqui no Paraná – as duas localidades fazem parte da mesma Serra do Mar.
De acordo com o Simepar, entre quinta e sexta-feira da semana passada, choveu na região da serra paranaense cerca de 340 milímetros. A média na região para todo o mês de março é de 270 milímetros. A chuva foi forte e contínua. “Em três horas choveu quase 100 milímetros”, explica o meteorologista do Simepar Reinaldo Kneib. Segundo ele, um vento constante durante vários dias alimentou a formação de nebulosidade em cima da serra, provocando uma precipitação sem rajadas de vento e raios, mas em grande quantidade.
As chuvas não foram mais intensas, por exemplo, do que as ocorridas em Guaratuba, em março do ano passado. A precipitação registrada na cidade na época – cerca de 500 milímetros – alagou vários pontos do município, porém, sem o mesmo poder de destruição. “Como a cidade é litorânea, houve alagamentos, mas não deslizamentos”, diz Reinaldo Kneib.
O geólogo Renato Lima, diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (UFPR), avalia, em Morretes, as condições do desastre. Segundo ele, houve na região dois tipos de movimentação no solo: o deslizamento e o fluxo, este último com um grande poder de destruição. “O fluxo é um deslocamento de água, lama e detritos que alcança alta velocidade. Nesta região [o bairro de Laranjeiras, em *Morretes, onde 20 casas foram destruídas], o fluxo deve ter atingido 30 metros por segundo com um alcance de 200 metros”, conta.
Umidade
O engenheiro ambiental Eduardo Gobbi, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), afirma que a umidade na Serra do Mar nos últimos três anos contribui para as proporções do atual desastre. “O encharcamento do solo não acontece do dia para a noite. Demora longos períodos”, pondera. Como no Paraná a Serra do Mar tem alto declive, quando a chuva intensa encontra o solo encharcado, produz um efeito devastador, principalmente em áreas de ocupações irregular.
“Independentemente de ser um desastre natural ou não, o clima está mudando.
Temos de tentar juntar as inteligências para dar respostas mais rápidas e tentar entender melhor esses desastres. A avaliação tem de levar em conta todas as questões”, diz Gobbi.
O engenheiro ambiental defende a implantação de um radar meteorológico na região litorânea do estado. O equipamento do Simepar, em Teixeira Soares (Sudeste do estado), não alcança as nuvens que se formam na serra.
PrevisãoDe acordo com o Simepar, ainda há previsão de chuva fraca para o litoral paranaense até segunda-feira. A partir de terça-feira a tendência é de que o tempo fique firme na região.Fonte Gazeta do Povo.
Por Tutuca ,
Minha gente é muita água, 340 milímetros em dois dias quando a média do mês é 270 milímetros e reparem no detalhe, a matéria da gazeta não fala do sábado dia 12 , quando a chuva e as enchentes foram de maior proporção e causaram maiores danos.
A previsão de chuvas em milímetros segundo o jornal do tempo (UOL), para a cidade de Antonina para os próximos 8 dias é de 56 a 60 milímetros .
A possibilidade de enchentes nesse período é muito remota .O problema são os morros que estão muito encharcados e qualquer garoa nesse período só fará complicar a situação.
Falha nossa.
ResponderExcluirA reportagem da Gazeta está certa as grandes chuvas e as enchentes foram na quinta e na sexta sendo que sexta feira o foi o pior dia do dilúvio.
Devido as 3 noites que praticamente passei em claro ,fiquei perdido no tempo.