Agência Câmara de notícias.
A produção
de resíduos urbanos cresceu 7% no ano passado no Brasil – chegou a 60,1 milhões
de toneladas, contra 57 milhões em 2009. A informação foi dada nesta
terça-feira, em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano, pela
coordenadora do Departamento Técnico da Associação Brasileira de Empresas de
Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Adriana Ferreira. No mesmo
período, o crescimento populacional foi de apenas 1%.
Apesar do
dado, a boa notícia, de acordo com a coordenadora da Abrelpe, consiste na quase
universalização da coleta, hoje em 54,1 milhões de toneladas, 7,7% superior ao
verificado no ano passado. O destino final do material, no entanto, permanece
problemático – somente 31,1 milhões de toneladas (57%) recebem destinação
adequada, em aterros sanitários.
Desafios
Esses números dão a dimensão do desafio que o Brasil tem pela frente para fazer
valer a Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Pela legislação, até 2014 devem ser erradicados todos os lixões, e os aterros
sanitários poderão receber apenas material que não possa mais ser reutilizado.
O mais
preocupante, na opinião do superintendente da Associação Técnica Brasileira das
Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, é o fato de, um
ano e dois meses após a publicação da lei, “as discussões continuarem
diletantes”. Segundo ele, até hoje não se conseguiu decidir sequer se a
responsabilidade pela destinação final de embalagens é dos fabricantes ou do
comerciante do conteúdo. “Essa situação leva a pensar que a lei não é séria”,
disparou.
Prazo
apertado
Um dos autores do requerimento para a realização da audiência, o deputado
Adrian (PMDB-RJ) reconhece que cumprir os prazos previstos na lei é “quase
impossível”. Em sua concepção, esse objetivo só será alcançado com a
colaboração de todos. “Enquanto ficarem as indústrias de um lado, o governo de
outro e os recicladores de outro, a situação permanecerá como está até hoje”,
afirmou. O deputado Zoinho (PR-RJ) também requereu o debate.
O
presidente da Associação das Empresas Recicladoras do Rio de Janeiro, Glauco
Pessoa, apontou soluções para o problema. Ele citou, por exemplo, que no mínimo
50% de todo o material descartado no País é reciclável. Sendo assim,
acrescentou, “somente com coleta seletiva já se reduziria à metade o problema
da destinação final desses resíduos”.
Investimentos
Um dos problemas para a solução do problema está no investimento dos
municípios. De acordo com Adriana Ferreira, eles investem mensalmente, em
média, R$ 9,95 por habitante para todos os serviços de limpeza urbana. “Com
esse valor fica impossível adequar tudo que é necessário”, sustentou.
Outro fator
que complica o cenário, segundo os debatedores, é a dimensão da maioria das
cidades brasileiras – 89% delas têm menos de 50 mil habitantes.
De acordo com o
chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério
das Cidades, Yuri Della Giustina, esse número é insuficiente para garantir a
sustentabilidade econômica dos investimentos em tratamento de resíduos.
Na
concepção do Ministério das Cidades, o tratamento é viável apenas por meio da
cobrança de tarifas ou taxas pelo serviço. “Estudos mostram que, para garantir
essa arrecadação, são necessários pelo menos 100 mil habitantes”, explicou. Por
isso, o ministério instituiu como política dar prioridade ao financiamento de
projetos apresentados por consórcios de municípios que atendam a esse número de
habitantes. Para o período de 2011 a 2014, o governo federal prevê investir R$
1,5 bilhão na gestão de resíduos sólidos urbanos.
Gestão
municipal
A técnica especializada da Gerência de Resíduos Perigosos do Ministério de Meio
Ambiente, Mirtes Borale, lembrou que, pela lei, até agosto do ano que vem todos
os municípios já deverão ter plano de gestão integrada de resíduos sólidos para
receber recursos do governo federal. Terão prioridade, além de prefeituras que
instituírem consórcios, aquelas que contarem com participação de catadores na
coleta seletiva.
Nesta conta, prezado Tutuca, estariam incluídos aqueles vereadores?
ResponderExcluirno japão em cidades pequenas eles recolhem os dejetos humanos (fezes)num caminhao depois sao processados e se transformam em gas de cozinha...uma familia de 4 pessoas gera gas para ate 2 horas de consumo...Epaminondas Shimite
ResponderExcluirEssa,EU ouvi no jekiti:
ResponderExcluir- por quê as lixeiras não foram colocadas em pontos estratégicos como escolas,associação e outros?
resposta do funcionário da prefeitura,"é que os usuários sujam muito,é mole ou quer mais".
na gazeta do povo de domingo 06/11/11,tem uma materia sobre s casas populares de concreto de pvc,que sao feitas em 7 dias e tem durabilidade de 50 anos e conforto termoacustico sao mais baratas,a fabrica fica em Araquari SC,e ja foram construidas 500 casas... a produçao atual é de 5 mil kits,podendo chegar a 50 kits por ano,empresas;Dupont,Global housing international e Braskem...leiam -Horácio
ResponderExcluirWistuba,
ResponderExcluirVindo do jiquiti e da padaria do orlando só pode ser fofoca.Esses locais são os maiores fofocódramos da cidade. Por alí muito se fala,nada se aproveita.Esses 2 pontos devem ser tombados pelo IFHAN como os maiores pontos de fofoca do litoral.